Mais do que nunca, a Páscoa, se transformou em um momento de muita reflexão. O Renascimento parece ainda mais poderoso. Não há quem não queira renascer nesse momento. Acordar e encontrar aquele mundo que tínhamos até alguns meses. Poder fazer uma simples caminhada no bairro. Cumprimentar aquele amigo com um abraço, um beijo, um aperto de mão.
Estar com Deus nesse momento parece nossa única alternativa. É uma pena que muitos só lembrem de Jesus Cristo nesses momentos. Quando a dor e o medo batem à porta, todos se voltam para o céu, dobram os joelhos e voltam a rezar. Não tenho a menor pretensão de afirmar o que é certo ou errado, não teria tamanha ousadia.
Hoje é sexta-feira Santa. Uma das mais sozinhas que vivi. Nada da alegria da família reunida. Nada de feriadão na praia. Hoje fomos só eu e meu marido. Um almoço gostoso, mas solitário. No celular inúmeras mensagens de paz, vindas de amigos e parentes. Refletir, pensar na vida, temer o futuro, tudo ficou muito mais ativo em tempos de pandemia.
Ao mesmo tempo é preciso ter Fé. Torcer pelo melhor. Desejar que tudo isso acabe muito rápido e vitimando o menor número de pessoas possíveis. Para que o ano que vem possamos ter uma Páscoa de alegria, risos, chocolates e festa, muita festa.
Por enquanto, acho que o mais importante é pensarmos e refletirmos no que realmente faz sentido. Quanto um simples abraço faz falta. Como seria bom ter nossos pais bem próximos e seguros. Encher aquele sobrinho ou neto de beijos. Coisas tão simples, mas que hoje não podemos fazer.
O lado bom é que a gentileza, a solidariedade parece que ressurgiu, RENASCEU, mostrando que o AMOR sempre esteve aí. Não foi soterrado pela correria do dia-a-dia, pela arrogância do poder, pelo medo de dividir. Somos sim um povo amigável, feliz e poderoso. Temos desigualdades, governantes que não nos merecem, mas acima de tudo, somos pessoas do bem. Somos capazes de cuidar uns dos outros sem pensar em partido, em esquerda ou direita.
Que a PÁSCOA do distanciamento social sirva para nos UNIR cada vez mais.
Comentários
Postar um comentário