A
pandemia tem nos revelado iniciativas das mais diversas. A que vou contar hoje
tem um carinho especial. Trata-se da iniciativa de um grupo de meninas que
moram em Piracicaba, cidade da qual guardo as melhores recordações da minha adolescência.
O
que faz essa ação especial? Uma dessas meninas: vi a Bia nascer. A mãe dela é
daquelas amigas para a vida toda. A família dela se tornou um pouco minha
também. Acompanhei os primeiros anos da Bia bem de perto, mas depois o
trabalho, a correria da profissão nos afastou “fisicamente”, pois no coração
sempre estivemos lado a lado.
Quando
soube que ela estava usando a pandemia para um trabalho tão bonito, fiquei
“orgulhosa”. É muito bom saber que nossas “crianças” crescem e se tornam
adultos maravilhosos. No meio de tanto ódio nas redes sociais, elas acharam um
espacinho para ajudar quem precisa. E quantas pessoas estão precisando tanto...
Ouvindo
a história delas me chamou a atenção quando disseram que sabiam que as pessoas
estavam precisando de muitas coisas, mas o projeto é sobre DOAÇÃO DE AMOR. Não
podia deixar de contar essa história.
O
Projeto nasceu com o intuito de elaborar ações e fortalecer outras existentes.
Cinco amigas conversando em um grupo de WhatsApp mostraram-se incomodadas com
tudo que está acontecendo no mundo. Depois de muita conversa, decidiram criar
uma Campanha para ajudar alguma instituição na cidade.
O
canal para tanto seria o Instagram, até pelo distanciamento social. No meio de
todo o estudo sobre o quê e como fazer conheceram a sexta integrante do Grupo,
que já fazia marmitas e estava envolvida em ações sociais em Piracicaba.
Desse
encontro surgiu a ideia de criar um Projeto próprio que começou a ficar muito
maior do que elas podiam imaginar. Com uma ideia na cabeça e o ímpeto da
juventude, elas começaram a estruturar a ideia, baseadas em três pilares:
integralidade, equidade e empatia. “Acreditamos que não estamos ajudando
ninguém, estamos trocando experiências, compartilhando”.
Do
alto de uma sabedoria herdada de uma formação familiar exemplar, elas defendem
que ao ajudar uma criança, um idoso, estão pegando experiências e aprendendo
como vivem, como trocam amor e, muitas vezes, aprendendo mais do que doando.
O
primeiro Projeto foi firmado com a Casa da Vovó Sonia. Além de apoiar a doação
de produtos de higiene para os cerca de 80 idosos, elas começaram a enviar
cartas para eles. Isso mesmo: cartas. Afinal, todos estão isolados nesse
momento de pandemia. “Estamos enviando amor. Essa é nossa ideia principal”,
argumentam.
É
claro que o Projeto também vai contemplar doações físicas, financeiras, mas o
objetivo principal é mostrar que as pessoas não precisam apenas de dinheiro
para fazer o bem. E não é que elas motivaram muita gente. Com apenas 270
seguidores, elas já conseguiram mais de 100 pessoas querendo compartilhar
emoções através de uma carta, doando amor.
As
meninas destacam que a ideia do projeto é sair do assistencialismo e viver
realmente a integralidade, a equidade e a empatia. Perceber o quanto o projeto
começa a ter vida própria e como palavras como cooperar, coparticipar, ação
solidária, refletem essa iniciativa. “Quando fazemos uma ação e interagimos com
uma instituição ou com algo, não estamos mais ajudando, estamos compartilhando
algo para receber e doar ao mesmo tempo. É um novo olhar.”
Eu
realmente não poderia deixar de contar essa história e dizer com muito ORGULHO
que uma dessas meninas (para mim será sempre uma menina) faz parte da minha
vida. Parabéns Beatriz Passini, Thamires Piva, Ana Maria Gibin, Stephany Mello,
Karina Orsolini, Giovanna Scagnolatto.
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em @projetoaquire
Orgulho da minha filha fazer parte desse projeto e também da matéria dessa minha grande irmã e amiga! Obrigada Dol!!!
ResponderExcluirObrigada por me deixar fazer parte da sua família.
ExcluirParabens para essas meninas lindas e guerreiras, portadoras do bem. Orgulho de ser tia de uma delas, a Bia, mas todas merecem o meu orgulho. Deus as abençoe. Juntos somos MAIS.
ResponderExcluirParabéns! Fazer o bem faz bem 👏🏼👏🏼👏🏼😍
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