Como você tem reagido ao estresse?

 

 

Hoje, 23 de setembro é o Dia Mundial de Combate ao Estresse. Confesso que não conhecia a data, no entanto, mais que nunca ela ganhou novos contornos. Viver essa pandemia mexeu demais com o emocional de muita gente.

 De repente nos pegamos com aquela sensação de cansaço absoluto, irritação, tristeza, tudo junto e misturado. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o estresse atinge cerca de 90% da população mundial e é considerado uma epidemia.

 “Ter ansiedade é normal e é uma reação congênita de todos os seres vivos. Ao perceber uma ameaça ou perigo, o corpo se prepara para se defender. O estresse, inicialmente, também funciona como uma defesa do organismo frente a uma situação de tensão, podendo ser benéfico. Ele nos prepara para pensar rápido em busca de uma solução e a lidar com as pressões. O problema é quando, por diversos fatores, ele ultrapassa os limites saudáveis”, explica o psiquiatra Clemente Soares Neto, do Serviço Social da Construção (Seconci-SP).

 Quando recebi essa matéria do Seconci-SP sobre a data, entendi melhor meus próprios sentimentos. Nos últimos meses tenho vivido uma rotina muito intensa. Quem me conhece sabe que sou elétrica, faço milhares de coisas ao mesmo tempo, mas confesso que a pandemia me derrubou um pouco.

 O Dr. Clemente diz que cada pessoa reage de um jeito ao estresse, mas que os prejuízos podem ser físicos, emocionais, laborais e familiares. A ansiedade é a terceira doença mais prevalente no mundo, sendo que ela propicia a depressão.

 Há duas semanas comecei a sentir uma irritação no olho, que depois se materializou em um terçol. Além do aspecto estético, senti uma dor absurda durante uns três dias, muita coceira e irritação no olho. Comecei o tratamento que o oftalmologista me passou (compressas de água morna) e depois de uma semana fiz uma consulta presencial. O diagnóstico: estresse.

 Segundo meu oftalmologista durante a pandemia ele atendeu muita gente com o mesmo problema. Isso deixa claro que passei do meu limite (e como passei kkkk). Sei que como eu muita gente tem sofrido os efeitos desse mal. Tenho tentado controlar meu emocional, não me irritar tanto com as coisas, mas confesso que não está sendo fácil. Às vezes me cobro demais, sofro por não dar conta de tudo que preciso fazer e por meus colaboradores não acompanharem meu ritmo.

 O Dr. Clemente diz que essa combinação bombástica da ansiedade e o estresse pode levar a distúrbios no sono, aumento da pressão arterial, doenças cardiovasculares, alterações hormonais que regulam o metabolismo, fobia social, crises de pânico, enfim, problemas físicos e mentais, que comprometem a qualidade de vida.  “Estudos recentes mostram que há correlação entre substâncias neurotransmissoras alteradas pelo estresse crônico, ansiedade, sintomas depressivos e reações inflamatórias do organismo”.

 Se você como eu está sentindo o peso desse nosso novo normal, compartilho as recomendações do especialista -  Para tratar os casos de estresse e ansiedade exacerbados, é fundamental buscar ajuda, para que os prejuízos não se agravem. O tratamento pode envolver medicação e psicoterapia, para que a pessoa aprenda a lidar com os fatores estressantes. Exercício físico, meditação, relaxamento e atividades de lazer também contribuem para a melhora do quadro. Tudo que faça a pessoa desligar o pensamento por alguns minutos ou horas.

 Esse relato é minha maneira de tentar compartilhar essas dicas tão preciosas. Quanto ao meu olho, ainda não ficou bom, mas está melhorando (estou utilizando colírio e um creme antibiótico). Em relação ao estresse e ansiedade, acho que não evolui muito, mas chegarei lá.

 Se você se identificou ou gostou do texto, deixe seu comentário. Acredito que a troca de experiências pode ter um efeito positivo muito grande na vida de qualquer pessoa.

 Até o próximo texto.

 

Ana Azevedo

Jornalista