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PSORÍASE - Desmistificar para Educar



Estava dando uma olhada na internet e descobri que dia 29 de outubro é o Dia Nacional e Mundial da Psoríase. Você que está lendo conhece essa doença? As causas da psoríase ainda são desconhecidas, mas sabe-se que envolvem questões autoimunes e genéticas. Também está confirmado que alguns fatores externos podem causar o surgimento ou a piora das lesões, como o tempo frio, as infecções e o estresse.

Lembro que quando estava na Faculdade, com meus 22 anos, conheci um assessor de imprensa de uma Prefeitura que tinha a doença. Seus braços e mãos eram cobertos por “crostas” brancas que escamavam. Confesso que do alto da minha ignorância, achava muito estranho e tinha medo de pegar.

Com o tempo e a convivência fui conhecendo melhor a doença e entendendo que não era contagioso, mas era comum perceber a repulsa das pessoas quando ele fazia questão de cumprimentá-las.

Certamente o caso dele era bem grave ou talvez a doença não estivesse controlada. Mas esse episódio me ajudou a entender e mesmo me colocar no lugar dele. Ainda hoje, muitas pessoas não conhecem a psoríase, eu mesma não sabia que existia até um Dia dedicado a esclarecer e desmistificar a doença.

Como a vida ensina - meu marido, depois de mais de 10 anos de casamento e após passar por um estresse intenso, passou a ter psoríase. Minha sobrinha, do outro lado da família também tem. E foi isso que me motivou a escrever sobre a psoríase nessa data tão especial.

 Fiquei sabendo que a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) possui uma campanha de conscientização da população, explicando que a psoríase é uma doença crônica inflamatória, não contagiosa e que tem tratamento, apesar de ser recorrente. A doença provoca alterações na pele, nas unhas, no couro cabeludo e até nas articulações (artrite psoriásica). Essa última é a que acometeu meu marido.

Vale ressaltar, que antes dos médicos descobrirem ele passou meses fazendo fisioterapia para uma tendinite que nunca teve. Como o tratamento não evoluía resolveu buscar outra opinião, e ao notar as marcas no cotovelo dele, o médico suspeitou que pudesse haver uma ligação. Bingo! Era isso mesmo.

"No Brasil, a prevalência da doença é de 1,3%, variando entre 0,9 a 1,1% nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e 1,9% no Sul e Sudeste. Acomete qualquer faixa etária, com maior incidência entre 30 e 40 anos e 50 e 70 anos, sem distinção quanto ao gênero", afirma Sérgio Palma, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)*

Portanto, se você tem a doença ou conhece alguém que a tenha, oriente-o a procurar um médico e realizar o tratamento.  Aproveito e deixo o site da SBD – www.sbd.org.br – uma fonte importante de consulta.

Meu marido deu pouca importância para a doença no início e acabou quase perdendo o movimento da mão, além de ter dores horríveis. Hoje ele está bem  graças a um médico atento e ao especialista com o qual faz o acompanhamento.


Ana Azevedo

Jornalista 

 

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